O mercado brasileiro de impressoras para uso doméstico está
diretamente ligado às vendas de microcomputadores e os fabricantes se mostram
otimistas com o futuro, uma vez que o processo de inclusão digital das classes
C e D, que abre novos horizontes de vendas, está em andamento.
O gerente de marketing da Elgin (distribuidora das
impressoras Canon), Gino Cammarota, acrescenta que "se a distribuição de
renda fosse equalizada, o mercado brasileiro de tecnologia, não somente de
impressoras, seria muito mais avançado".
Apesar de tudo, este otimismo pode ser explicado. Segundo o
diretor regional da Lexmark para a América Latina, Ricardo Duque, "hoje,
no Brasil, 80% das pessoas que compram um micro também levam para casa uma
impressora".
E existem outros fatores que mostram ser este mercado
bastante promissor. O gerente de desenvolvimento de mercado de impressoras jato
de tinta da Hewllet Packard (HP), César Ramacciotti, lembra que o
desenvolvimento da internet mudou o perfil do usuário doméstico de impressoras.
Com ele concorda Duque, da Lexmark, acrescentando que
"com a internet, as pessoas passaram a ter um grande volume de informações
e estão imprimindo mais, e não somente textos". Ramacciotti arremata:
"hoje, as pessoas buscam, também, uma boa resolução de imagens". Os
executivos do setor também colocam a disseminação das câmaras fotográficas
digitais como fator de aquecimento da venda de impressoras.
O gerente de produtos da Brother, Hércules da Silva
Monteiro, acredita que o mercado é muito promissor para a linha de impressoras
laser. O gerente de marketing da mesma empresas, Luciano Margionte, argumenta
que a relação custo/benefício é favorável ao laser.
Monteiro diz que "o número de páginas impressas com um
cartucho jato de tinta e o volume de impressões obtido com o toner de uma
laser, mostra que em pouco mais de seis meses a economia feita paga o
investimento na compra de uma laser no lugar de uma jato de tinta".
Já para Cammarota, da Elgin, "a tecnologia laser com
relação a fotos não chegará tão cedo ao usuário doméstico, pois a jato de tinta
atende bem a este usuário no tocante à qualidade. Ele diz que o mercado para
máquinas a jato de tinta ainda tem espaço para crescer e que não vislumbra uma
época em que estes produtos sairão do mercado, lembrando que a implementação
tecnológica deste tipo de máquina é muito grande.
GERALDO DONATO, DO DIÁRIO DE S.PAULO
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